segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Foi o fim, o nosso.

Eu já te disse que preferia morrer ao te ver partir? 


Eu sabia. O meu coração nunca se engana, e eu tinha a certeza que não ia ser fácil. Mas foi bem pior do que algum dia eu imaginara. Pensei ser eu a primeira a desistir, saltar fora do barco e deixar tudo para trás das costas. E para minha surpresa, tu antecipou, e decidiu ser tu a pôr um ponto final na nossa história. Logo quando eu já estava disposta a continuar a luta, quando eu tive a certeza que era contigo que queria ficar, e que desistir não fazia qualquer sentido no momento, tu destruiu todos os meus planos, e revirou de novo toda a minha vida. Não tinha o direito. As tuas palavras foram frias, e ao ouvi-las, senti o mundo cair diante dos meu pés. Tudo desabou novamente, e eu mais uma vez não pude fazer nada. Sabe? Doeu. Doeu muito. Foi como uma facada no coração, como se me atraiçoasse a alma. Tudo porque batalhei se foi. Tu foi, e nem te pude pedir para ficar. Não te pude dizer o quanto te amava e o quanto estava a me magoar. Os poderes sobre ti haviam acabado, quando disse que já não era por mim que o teu coração batia - se é que alguma vez o foi. Eu não soube reagir, não soube olhar nos teus olhos e dizer que foi um grande mal entendido. Só tive coragem de te pedir um último abraço, mais nada. As palavras secaram a voz não saía. Apenas lágrimas enchiam o meu rosto, e todo o corpo tremia. Foi o fim, o nosso fim. O teu ônibus chegou, e tu teve de ir. Deste-me um beijo na testa e: - “Adeus” - fiquei parada, com tudo a rebobinar na minha cabeça ate ao dia em que te conheci. E, ao te ver virar as costas, não agüentei, me desculpa. Agarrei no teu braço, te puxei para mim e te roubei um beijo, o último das nossas vidas. Em seguida, te vi partir, para sempre. 

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